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07/03/2014

MP denuncia oito pessoas presas durante a operação Coiteiros no Rio Grande do Norte


 

A comissão de promotores que atua nas investigações da operação Coiteiros, deflagrada pelo Ministério Público no dia 25 de fevereiro em cinco cidades da região Seridó do Rio Grande do Norte e em uma da Grande Natal, denunciou à Justiça oito pessoas. Segundo o próprio MP, elas são suspeitas de crime de formação de milícia privada, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão. Os mandados foram cumpridos em Caicó, Jardim do Seridó, Florânia, Jucurutu, Jardim de Piranhas e Tenente Laurentino Cruz.

A operação Coiteiros recebeu este nome em alusão aos indivíduos que dão asilo, favorecem ou protegem malfeitores. Na ocasião, 13 suspeitos foram presos em flagrante, sendo dois por tráfico de drogas e 11 por posse ilegal de armas de fogo, resultado de mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pela Comarca de Caicó. Entre os alvos da operação estão soldados e um sargento da Polícia Militar - este último lotado no Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) - um agente penitenciário e empresários que atuam na região.

Ainda de acordo com o Ministério Público, cinco dos denunciados continuam detidos. Os outros três não foram encontrados durante a operação e são considerados foragidos. As investigações apontam que dois irmãos usavam propriedades rurais localizadas na região Seridó, e até no estado do Ceará, para dar proteção a foragidos da Justiça - dentre eles acusados de homicídios e de assaltos – dificultando a ação da Justiça para cumprimento de mandados de prisão. Além de fornecer esconderijo aos criminosos, os presos também são suspeitos de ajudar na contratação de advogados.

Parte do grupo é citada como envolvida no assassinato do caicoense Isaac Torres, morto no dia 21 de maio de 2013 na zona rural de Caicó. A denúncia do MP também revela na investigação a existência de planos para assassinar mais quatro pessoas.

Três núcleos

O MP afirma que a investigação do caso englobou três núcleos: milícia privada, tráfico de drogas e corrupção de agentes públicos. Esta primeira, refere-se aos oito denunciados nesta quinta-feira (6). O segundo núcleo trata de tráfico de drogas, cujo prazo para a conclusão da investigação é de 30 dias. O terceiro investiga crimes de homicídio, para os quais os promotores requisitam a conclusão do inquérito para os próximos 15 dias.

Tortura

O MP também revelou a existência de uma investigação que tem relação com a operação Coiteiros. Nesta, um agropecuarista à apontado como suspeito de tortura - investigado pela Delegacia de Florânia. Consta no inquérito que o suspeito, acompanhado de terceiros, teria por conta própria investigado um furto que ocorreu em uma de suas propriedades e, em seguida, “capturado e torturado barbaramente o cidadão que teria sido o autor do delito”. 
 
Fonte: G1/RN - Foto: Ilmo Gomes

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