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05/01/2012

Professor de música é suspeito de estupro de aluna em MS, diz polícia


Polícia diz que abuso ocorreu em março, mas só foi revelado no fim do ano.

Exame comprovou que menina foi violentada, mas suspeito nega o crime.

Do G1 MS
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Um professor de música de 60 anos foi preso em Coxim, a 243 quilômetros de Campo Grande, na tarde de quarta-feira (4), suspeito de ter estuprado uma menina de nove anos em março de 2011. Segundo a delegada Silvia Elaine, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) do município, o suspeito nega o crime.
A delegada explica que a menina começou a ter aulas de teclado com o professor no início de 2011. Segundo ela, a garota relatou que desde o início das aulas começou a ser assediada, até que na quarta tentativa ela foi violentada. “O depoimento da menina é bem coerente, apesar de ter apenas nove anos. A versão que ela me contou é a mesma que contou à família, à conselheira tutelar e à psicóloga”, afirma.
A delegada diz que a menina somente revelou o abuso pouco antes do Ano Novo, quando sua irmã mais velha que mora em outra cidade veio visitar a família. “Os pais desde o ano passado vinham percebendo que havia algo errado, mas a menina nunca falava, várias pessoas já tinham tentado conversar e não tinham conseguido nenhuma informação. Ela só contou a irmã, que imediatamente comunicou os pais”, disse a policial.Silvia relata que em depoimento os pais da criança contaram que já no começo das aulas de música a menina começou a apresentar um comportamento diferente, se tornando agressiva e arredia. “O pais disseram que o caso se agravou uns 60 dias após o início dessas aulas, quando a menina repentinamente disse que não iria mais às aulas e não quis mais chegar perto do teclado que tinha ganhado dos pais. Também chamava a atenção a reação dela quando via cenas de beijo nas novelas, ela tapava o olhos e dizia que nunca iria casar”, explica.
Ainda segundo a delegada a menina reconheceu o suspeito na delegacia. “Ela reconheceu ele assim que o viu. Ela falou bem alto 'foi ele tia'. Ficou muito assustada e começou a se esconder dentro da Delegacia. Depois me perguntou o que iria ocorrer com ele, expliquei que ficaria preso e ela se sentiu mais aliviada, pois disse que o agressor tinha ameaçado engravidá-la e também que iria matar toda a família dela caso o assunto viesse a tona”, relata.
A responsável pela investigação disse ao G1 que o exame médico comprovou que a menina já teve relação sexual, mas que em razão de ter passado muito tempo depois que o abuso ocorreu não existem mais vestígios para realizar exame de DNA.
“Agora estamos aguardando o laudo psicológico, que vai comprovar se a menina está falando a verdade mesmo. Esse laudo que vai ser a base do nosso parecer. Agora também estamos analisando outras denuncias, pois existe a suspeita de que ele teria abusado de outras meninas, todas menores que dez anos”, finaliza.

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