Polícia diz que abuso ocorreu em março, mas só foi revelado no fim do ano.
Exame comprovou que menina foi violentada, mas suspeito nega o crime.
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Um professor de música de 60 anos foi preso em Coxim, a 243 quilômetros de Campo Grande, na tarde de quarta-feira (4), suspeito de ter estuprado uma menina de nove anos em março de 2011. Segundo a delegada Silvia Elaine, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) do município, o suspeito nega o crime.
A delegada explica que a menina começou a ter aulas de teclado com o professor no início de 2011. Segundo ela, a garota relatou que desde o início das aulas começou a ser assediada, até que na quarta tentativa ela foi violentada. “O depoimento da menina é bem coerente, apesar de ter apenas nove anos. A versão que ela me contou é a mesma que contou à família, à conselheira tutelar e à psicóloga”, afirma.
A delegada diz que a menina somente revelou o abuso pouco antes do Ano Novo, quando sua irmã mais velha que mora em outra cidade veio visitar a família. “Os pais desde o ano passado vinham percebendo que havia algo errado, mas a menina nunca falava, várias pessoas já tinham tentado conversar e não tinham conseguido nenhuma informação. Ela só contou a irmã, que imediatamente comunicou os pais”, disse a policial.Silvia relata que em depoimento os pais da criança contaram que já no começo das aulas de música a menina começou a apresentar um comportamento diferente, se tornando agressiva e arredia. “O pais disseram que o caso se agravou uns 60 dias após o início dessas aulas, quando a menina repentinamente disse que não iria mais às aulas e não quis mais chegar perto do teclado que tinha ganhado dos pais. Também chamava a atenção a reação dela quando via cenas de beijo nas novelas, ela tapava o olhos e dizia que nunca iria casar”, explica.
Ainda segundo a delegada a menina reconheceu o suspeito na delegacia. “Ela reconheceu ele assim que o viu. Ela falou bem alto 'foi ele tia'. Ficou muito assustada e começou a se esconder dentro da Delegacia. Depois me perguntou o que iria ocorrer com ele, expliquei que ficaria preso e ela se sentiu mais aliviada, pois disse que o agressor tinha ameaçado engravidá-la e também que iria matar toda a família dela caso o assunto viesse a tona”, relata.
A responsável pela investigação disse ao G1 que o exame médico comprovou que a menina já teve relação sexual, mas que em razão de ter passado muito tempo depois que o abuso ocorreu não existem mais vestígios para realizar exame de DNA.
“Agora estamos aguardando o laudo psicológico, que vai comprovar se a menina está falando a verdade mesmo. Esse laudo que vai ser a base do nosso parecer. Agora também estamos analisando outras denuncias, pois existe a suspeita de que ele teria abusado de outras meninas, todas menores que dez anos”, finaliza.
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