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30/11/2012

Novas evidências motivam audiência sobre crianças desaparecidas do Planalto em Natal



Por Thyago Macedo

O caso das cinco crianças desaparecidas no Planalto, zona Oeste de Natal, entre os anos de 1998 e 2001, deverá ganhar novas investigações que possam levar ao paradeiro delas. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte informou, nesta sexta-feira (30), que o surgimento de novas evidências motivou a convocação de uma audiência pública para próxima segunda-feira (3). 

Segundo informações da AL, a CPI do Tráfico de Pessoas do Senado comandará a audiência, tendo em vista que foi descoberto, entre os fatos novos, uma coincidência de relatos, por várias testemunhas, nos autos do processo, da existência de um estrangeiro residindo no Planalto na época do desaparecimento das crianças. 

Tal estrangeiro pode ter sido um dos responsáveis pelo sequestro das crianças. A CPI do Tráfico de Pessoas do Senado vem realizando audiências em várias cidades brasileiras e atua na investigação do tráfico interno e para fora do país. 

Além dos três senadores que compõem a CPI (a presidente Vanessa Grazziotin, do PC do B/AM, do vice-presidente Paulo Davim, do PV/RN, e da relatora Lídice da Matta, do PSB/BA), a audiência contará com a presença de representantes da Polícia Federal e do Ministério Público. Ela será realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa, às 8h. 

“Essa situação das crianças do Planalto tem fortes indícios de que faz parte do tráfico de pessoas e por precisamos investigar, precisamos do envolvimento da família e principalmente do envolvimento dos órgãos de segurança pública e outros órgãos competentes para que esses casos sejam resolvidos e tenhamos resultados positivos”, disse o senador Paulo Davim. 

O vice-presidente da CPI disse que serão feitas novas oitivas com os familiares das pessoas desaparecidas, as testemunhas do caso. Na audiência passada, levantou-se a problemática específica de Natal, das crianças do planalto e por conta desse fato os senadores fizeram uma solicitação ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal entrasse no caso e as investigações fossem retomadas. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte nunca conseguiu apresentar uma resposta concreta sobre o paradeiro das crianças, ao longo dos últimos 14 anos. Yuri Tomé Ribeiro, hoje com 14 anos, Joseane Pereira dos Santos, hoje com 21 anos, Moisés Alves da Silva, hoje com 16 anos, Gilson Lima da Silva, hoje com 14 anos, e Marília Gomes da Silva, hoje com 12 anos, nunca foram localizados por seus familiares.
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