Armas e munições apreendidos na operação
A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (30), a Operação ‘Avengers’ (do inglês, que significa vingadores), para dar cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra o sargento da PM, Antônio Carlos Ferreira Lima, ocorrida na cidade de São Gonçalo do Amarante, no início dessa manhã. O policial já tinha sido preso no último dia 21 de junho por envolvimento no assassinato do advogado Antônio Carlos de Oliveira, mas estava em liberdade há 20 dias por força de um habeas corpus. O mandado de prisão contra o acusado foi expedido pela 3ª Vara Criminal.
Os detalhes da Operação Avengers foram divulgados hoje durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), que contou com a presença da delegada Karla Viviane, da Delegacia Especializada de Homicídios (DEHOM), que coordenou a operação, além do Diretor de Policiamento da Grande Natal (DPGRAN), delegado Odilon Teodósio e do Direto Adjunto da DPGRAN, delegado Alexsandro Costa. O advogado criminalista Antônio Carlos foi assassinado a tiros no último dia 09 de maio, no Bino’s Bar, no bairro de Nazaré, zona Oeste de Natal.
Segundo a delegada Karla Viviane, também da Dehom, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Na casa do sargento foi encontrada uma pistola ponto 40 e cinco carregadores de munição, e na residência do irmão dele, identificado como Marcílio Menino Ramos, foram apreendidas quatro espingardas, sendo duas calibre 12, uma calibre 36, e uma espingarda de antecarga, além da apreensão de munições calibre .12, .36, e .28. Marcílio foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas segundo a delegada ele não tem relação com o crime. As armas serão periciadas pelo ITEP para saber se foram utilizadas em outros homicídios.
De acordo com as investigações feitas pela DEHOM, o sargento Antônio Carlos agiu como o articulador do assassinato. “Ele se mostrou o grande articulador, quem planejou, forneceu a arma do crime e indicou quem seria o executor”, afirmou a delegada Karla Viviane.
Ainda segundo a delegada o acusado teria participado do crime para atender a um favor de Expedito José dos Santos, preso acusado de ser mandante do crime. “O Expedito conhecia o sargento Antônio Carlos e entrou em contato com ele dizendo que tinha um problema e que precisava resolver. O sargento então indicou a solução”, relatou alegando que não houve qualquer oferta financeira para que o sargento participasse do crime.
Ao todo quatro pessoas foram indiciadas por participação no assassinato do advogado Antônio Carlos que são: Lucas Daniel André da Silva, vulgo “Lukinha”, que seria o executor; o motorista do Doblô cinza utilizado na fuga do assassino, identificado pelo apelido de “Irmão Marcos”; Expedito José dos Santos, conhecido como “Irmão Sérgio”, apontado como o mandante do crime; e o sargento da PM, Antônio Carlos Ferreira.
Deram apoio na Operação Avengers a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR), a Delegacia de Extremoz, a Delegacia Especializada de Armas e Munições (DAME), a Delegacia de Atendimento ao Turista (DEATUR) e a Força Nacional. Qualquer denúncia sobre o caso pode ser feita pelo telefone da Dehom (84) 3232-0320, pelo email dehom@rn.gov.br ou pelo disque denúncia através do número 181.
Investigação
Segundo as investigações, a motivação do crime se deu pela disputa de um terreno localizado no Loteamento Santa Luzia, em São Gonçalo do Amarante. O advogado descobriu que havia outras pessoas se dizendo proprietárias dos terrenos comprados por ele em fevereiro desse ano e compareceu ao local, onde passou a se desentender com pessoas que tomavam conta desses terrenos.
No início do mês passado, a Polícia Civil elucidou o caso com a prisão do acusado de ser executor do crime identificado como Lucas Daniel André da Silva, vulgo “Lukinha”, preso por força de um mandado de prisão no dia 05 de junho, num lava-jato localizado no bairro de Barro Vermelho, em Natal. Também haviam sido presos pela Polícia Civil, no dia 29 maio, na cidade de Fortaleza-CE, Expedito José dos Santos, conhecido como “Irmão Sérgio”, e a companheira dele Francine Andrade de Souza, suspeitos de serem os mandantes do crime.
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