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06/01/2014

Apreensão de armas cresce 21,7 por cento no RN


Armamento de vários calibres e procedências diferentes: há desde importadas até armas da polícia e das Forças Armadas
O número de apreensões de armas pela Polícia Militar apresentou crescimento no comparativo de 2013 com o ano passado. Dados da PM mostram que houve aumento de 21,7% no número de armas recolhidas. Enquanto em 2012 a corporação apreendeu um total de 735 armas, esse número subiu para a casa de 895 em 2013. A capital potiguar concentra quase que 80% das apreensões.

De acordo com o coronel Francisco Araújo Silva, comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, apesar de abranger poucos municípios, a região próxima da capital acaba registrando maior número de apreensões de armas por abrigar 45% da população do Estado, situação que coloca a região como zona de influência do turismo, do comércio e de serviços, atraindo as ocorrências.
Para o coronel Araújo Silva, o número de apreensões tem crescido todos os anos no RN em decorrência dos “descaminhos das armas”. Outro fator para esse aumento, segundo ele, é a facilidade para comprar armas fora do país e depois entrar com elas no Brasil.
“Nós apreendemos muitas armas que não são de fabricação nacional, de diversos calibres, da mesma forma que tem armas que pertencem a órgãos de segurança pública e das forças armadas. São casos em que as quadrilhas acabaram roubando as armas de policiais ou de integrantes das forças armadas”, analisa Araújo.
Para o comandante da PM, as armas vem de outros países, de contrabando de armas e também de locais onde são roubadas, como lojas. “Elas entram no estado por parte marítima e terrestre. No tocante à Polícia Militar, nós fazemos as blitze, mas o controle da entrada de arma também depende do Exército e da Polícia Federal, nas fronteiras, e do controle do mar, que cabe à Marinha. À PM cabe o policiamento ostensivo, fazendo as apreensões que chamamos ‘no varejo’, mas não fazemos a apreensão no grosso mesmo, que é quando elas entram no estado”, avalia.
De acordo com o coronel Araújo, há grande incidência de apreensões de armas entre jovens de até 17 anos. “Muitas vezes, numa ocorrência onde tem quatro ou cinco pessoas e que tem adolescentes no meio, os que tem mais de 18 anos entregam as armas para os adolescentes porque sabem que  a penalidade é menor. A lei é mais atenuante para o adolescente”.

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