Presa por matar enforcada a menina Rafaela Marinho Souza, 7 anos, na última sexta-feira (21/11), na Cidade Estrutural, a maranhense Iraci Bezerra dos Santos Cruz, de 43 anos, já havia assassinado o ex-companheiro Marcos Gomes com um tiro e chegou a queimar o corpo do homem, segundo inquérito da Polícia Civil do Pará (PCPA).
A mulher havia um mandado de prisão em aberto pelo homicídio cometido no dia 17 de dezembro de 2023, no assentamento Brasília, no distrito do município brasileiro de Altamira, no interior do estado do Pará.
Iraci morava e trabalhava em uma fazenda junto ao companheiro e confessou o crime em ligação telefônica feita para a esposa do dono da fazenda onde o casal prestava serviços. Ao ser comunicada do crime, a delegacia do distrito foi ao local e identificou o cadáver de Marcos Gomes. No local, foi encontrada uma espingarda calibre 28, na qual estavam as digitais de Iraci Bezerra.
Após ser indiciada pela Polícia Civil do Pará, a autora do homicídio foi denunciada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), que pediu pela prisão preventiva. A Justiça do Pará acatou a denúncia e decretou a prisão preventiva ao concluir que Iraci matou Marcos e ateou fogo no corpo dele com a intenção de destruir provas.
Iraci Bezerra não foi localizada para fazer as diligências judiciais e nunca apresentou defesa no processo, assim, foi dada como foragida.
Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Iraci enforcou a menina utilizando um cinto e deixou seu corpo pendurado em uma pilastra dentro da residência onde a família morava.
Logo após o crime, Iraci caminhou até a 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), onde se entregou espontaneamente e confessou o assassinato. Ela permanece detida enquanto presta depoimento às autoridades. Testemunhas, incluindo vizinhos e o próprio pai da vítima, também estão sendo ouvidos.
De acordo com informações preliminares, a motivação do homicídio pode estar relacionada a ciúmes que a autora teria da relação que o marido tinha com a filha dele. A PCDF mantém cautela nas conclusões, mas investiga o histórico familiar e possíveis episódios anteriores de violência.
A menina, que segundo vizinhos era “carinhosa e tranquila”, teve a morte confirmada no local pelo Corpo de Bombeiros. A PCDF segue investigando o caso, que deve ser encaminhado à Justiça como homicídio qualificado, com agravantes ainda em análise.
