Policiais da Delegacia de Polícia Civil da cidade Baraúna, comandados pelo Bacharel Marcio Lemos, prenderam no final da tarde de ontem quinta-feira (03), Teveson Silva de Abreu, 19 anos, acusado de envolvimento no tiroteio que deixou quatro pessoas feridas na cidade. Foram baleados Maria das Dores Gomes, 33, e seu filho de 18 dias. Na ocasião, José Erivan de Moraes, um dos responsáveis pela troca de tiros, foi atingido com um tiro no braço esquerdo, e um na coxa esquerda e direita.
Teveson Silva de Abreu, foi conduzido para a delegacia de plantão em Mossoró, onde os procedimentos de flagrante foram realizados. O jovem confessa a autoria dos disparos e diz que estava sendo ameaçado por Erivan, que já havia tentado contra sua vida outras vezes.
A Polícia Militar de Baraúna recebeu informações que a desavença envolvendo os dois jovens teve início no momento da partilha do produto de um roubo, quando um deles tentou "passar a perna".
Teveson disse na delegacia que estava conversando com Erivan sobre as ameaças que ele vinha fazendo. De acordo com a versão do acusado, Erivan disse que ele iria morrer do mesmo jeito que seu pai(referindo-se à morte do policial militar, Abreu, pai de Teveson).
Ameaçado, o jovem foi em casa, pegou uma e foi acertar contas com Erivan, que correu em direção a residência onde a dona e uma criança foram atingidas com os disparos.
Teveson diz estar arrependido e pede desculpas a família das vítimas. Ele disse ainda que naquele momento, ou matava, ou seria morto pelo desafeto.
O Delegado responsável pelas investigações se diz cético com o depoimento do acusado. Como é que eles são inimigos e estavam juntos? Inclusive foram vistos na mesma motocicleta trafegando pelas ruas de Baraúna. Márcio Lemos lembra ainda, que no último sábado, Teveson registrou uma queixa na delegacia da cidade, acusando Erivan de tentar matá-lo. Erivan apontou a arma para ele e o revólver não disparou.
A Polícia Civil de Baraúna vive um dilema. A cidade não tem uma carceragem que ofereça segurança, para o acusado, já que ele corre o risco de ser morto. Em Mossoró também não existe lugar nos Centros de Detenções.