Francisco Leite, quando era atendido no Hospital Regional - Foto e Fonte: Sidney Silva
“Eu matei ela com uma faca que uso pra cortar carne”. Essa frase foi dita por Francisco Leite da Silva, de 40 anos, que na tarde desta quarta-feira, (07), por volta das 15 horas, matou com diversas cutiladas de faca peixeira, sua ex-companheira, Maria das Neves de Oliveira, de 55 anos. O local do crime foi a residência da mulher na Rua Major Lula, nº 1297, no Bairro Paraíba.
De acordo com relatos de familiares, Leite, chegou na casa, entrou e começou uma discussão com Maria das Neves, e disse por várias vezes que iria matá-la. Em determinado momento quando ela seguia para os fundos da casa ele a seguiu, e na cozinha começou a agredi-la. Um dos filhos, ainda menor de idade tentou ajudar a mãe dando uma cadeirada no assassino, mas esse o afugentou.
Os golpes começaram a ser desferidos em Maria das Neves, e ali mesmo na cozinha ela desfaleceu. Uma filha que também estava em casa interferiu e foi ferida violentamente. Outra que estava foram que ouviu os gritos e o apelo do menino que correra entrou em casa mas, foi também afugentada.
Depois de ferir mãe e filha, o homem que não tinha vínculo de sangue aquelas pessoas, usou a mesma faca para cortar os pulsos. Neste momento vizinhos adentraram na casa e passaram a agredir o homem. Ele foi retirado de dentro da casa e linchado com pedras e outros objetos. A polícia foi acionado e logo chegou, conteve a comunidade e prestou socorro as feridos.
A dona de casa, Marias das Neves, morreu, enquanto sua filha foi encaminhada para o Hospital Regional ainda com vida. Como seu estado de saúde era grave por causa das 3 cutiladas que sofreu na região abdominal, a jovem Francilane Neves de Medeiros, de 25 anos, foi direto para a sala de cirurgia.
O agressor que cortou os pulsos também foi atendido no Hospital Regional, mas, por falta de médico na Urgência teve que esperar o médico cirurgião terminar com a paciente para atendê-lo.
No local do crime a Delegada Maria Dulcineia da Costa, fez os procedimentos de praxe como a guarda do local do crime e os primeiros levantamentos para dar início ao inquérito policial.
O corpo foi removido para o ITEP onde será necropsiado.
Em entrevista ao Blog, o assassino fez um relato, dando sua versão para o fato e algumas vezes disse que ia morrer. Também perguntou se ela tinha morrido.
“Ela vivia dizendo que eu não era homem e ao longo do tempo fui desgostando disso. Eu cheguei lá e disse, vamos viver comigo, porque você vive me maltratando assim, e disse que ia matar ela e depois me matava. Eu não lembro quantas facadas eu dei nela. Agora eu acho que vou morrer, não vou? Eu acho que vou. Eu sai de casa com esse objetivo mesmo, de matar e me matar. A faca era de cortar carne pra eu comer“, relatou.
