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15/03/2022

Deputados também repudiam filme de Porchat por suposta cena de pedofilia

 Movimento nacional contra cenas do "Como se tornar o pior aluno da escola" chega ao parlamento estadual



Humorista Fábio Porchat no papel de professor no filme "Como ser o pior aluno da escola", do catálogo da Netflix desde 2017. (Foto: Reprodução)

"Inaceitável", disse o deputado estadual Carlos Alberto David (sem partido), o Coronel David, sobre as cenas do filme "Como se tornar o pior aluno da escola", do humorista Fábio Porchat, que está no catálogo do streaming Netflix. O colega de parlamento, João Henrique Catan (PL), foi mais longe: "É uma barbárie, vergonha, um filme criminoso. É horroroso, horripilante, é repugnante." 

No trecho do filme, Porchat interpreta um professor tentando convencer dois alunos adolescentes a fazerem sexo com ele. Os menores de idade fogem do homem após o convite. O filme é baseado no livro de Danilo Gentili que disse nas redes sociais se orgulhar de incomodar "tanto petistas quando bolsonaristas."

"Isso não é humor, é pedofilia. Nesta segunda-feira (14), fiz um pedido ao Ministro da Justiça, Dr. Anderson Torres, ao Procurador-geral da República Augusto Aras, e, ao Procurador-geral do Estado de MS Alexandre Magno Benites, a fim que se possam ser tomadas as devidas medidas e necessárias providências contra o filme face a apologia à pedófilos existente", publicou coronel David.

Durante a sessão de hoje (15), o deputado Rinaldo Modesto (PSDB) também declarou repúdio ao filme. "Eu como pai e como avô, não posso coadunar com esse tipo de filme que as empresas colocam à disposição. Muitas crianças em casa podem assistir. Nós temos que combater isso. Lamento profundamente. Nesse momento quero repudiar veementemente essa empresa pelo acesso ao filme que atinge um princípio constitucional. Encaminho minha nota de repúdio para que nossas crianças possam viver de forma segura."

Catan encaminhou pedido de providências para Agência Nacional do Cinema e ao Ministério Público. "Estou estarrecido com o que foi colocado. Um simples clique e crianças podem cair na desgraça de assistir a uma porcaria daquela, onde induz pornografia infantil. Pior, onde disse que é retrógrado o aluno que não aceita os oferecimentos dos serviços sexuais do seu professor em troca de passar por uma prova e ter algum tipo de benefício. Que encontrem punição e que tire da plataforma esse filme."

Vale destacar que o filme foi lançado em 2017 na plataforma e somente agora repercutiu e causou alvoroço tanto da ala bolsonarista como da ala petista. Hoje, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Netflix e outras plataformas de streaming deixem de exibir o filme.

Em medida cautelar publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira foi determinada multa diária de R$ 50 mil às plataformas que não retirarem a obra de seus catálogos. Além da Netflix, foram citados na portaria YouTube, Globoplay, Amazon Prime Video e Apple TV. 

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