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13/12/2013

DP soma 300 inquéritos parados


Prateleiras da 14ª Delegacia de Polícia estão abarrotadas de inquéritos dos últimos cinco anos, que estão praticamente parados
Responsável pela investigação de crimes no bairro de Felipe Camarão, na zona Oeste de Natal, a 14ª DP tem, no momento, perto de 300 investigações de homicídios ocorridos nos últimos cinco anos para dar conta. Do total, 72 foram abertas este ano, e avançam a passos lentos. Esse é apenas um exemplo. As delegacias distritais de três das áreas que registram mais assassinatos em Natal (Quintas, Felipe Camarão e N Sra. Da Apresentação) instauraram, este ano, 148 inquéritos, que estão praticamente parados.
Na 14ª DP, o trabalho é árduo para o delegado titular,  Luiz Lucena, que conta com nove agentes e duas viaturas. “Não temos estrutura suficiente para investigar todos os crimes, principalmente aqueles que envolvem o tráfico de drogas”, alertou Lucena. Segundo ele, o número de agentes está muito abaixo do ideal. Ele reclama da estrutura atual e destaca a necessidade de criação de uma Divisão de Homicídios para aliviar o peso sobre a equipe.
“São nove agentes quando o ideal deveria ser no mínimo 20. Ficamos sobrecarregados com os inquéritos de homicídios e enquanto não criarem um DHPP [Divisão de Homicídios], vamos continuar assim”, alertou Lucena. Ele mostra a situação da delegacia que assumiu há apenas dois meses. As prateleiras na sua sala e no cartório da DP estão abarrotadas de inquéritos deste ano e de até cinco anos atrás. São envelopes e mais envelopes, pastas e mais pastas de papéis que compõem uma investigação policial.
Na zona Norte, a 9ª DP tem situação parecida: são oito policiais, duas viaturas e 54 inquéritos de homicídios instaurados neste ano, sem contar as ocorrências que ainda estão sob análise e não foram iniciadas. O delegado Dimas Genuíno que assumiu a DP há apenas duas semanas afirma que a questão do homicídio é o ponto crítico em todas as delegacias. “Aqui já foram uns 210 inquéritos instaurados, sendo 54 homicídios. Nesta semana, já foram três casos e já tive de passar a ouvir as testemunhas”, comentou.

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