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10/12/2013

STJD pede 20 jogos sem mando para Vasco e Atlético-PR


Torcedores do Vasco agridem um torcedor do Atlético que está no chão, enquanto alguns jogadores pedem que parem a violência
Os graves incidentes ocorridos no último domingo na Arena Joinville podem custar, na esfera esportiva, a perda de 20 mandos de campo - desta vez com portões fechados - para cada um dos clubes envolvidos (Atlético Paranaense e Vasco) nos atos de violência protagonizados por seus torcedores. Este é apenas um dos itens que constam na denúncia oferecida ontem pelo procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt.
O árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro também vai ser julgado pelo tribunal e pode ser suspenso por até 90 dias. Isso porque, na avaliação do procurador, ele não poderia ter iniciado o jogo sem condições de segurança para atletas e público. Além disso, Ribeiro descumpriu o prazo de no máximo 60 minutos para o reinício do jogo, que ficou paralisado por 73 minutos, como ele mesmo citou na súmula. De acordo com os artigos que os dois clubes teriam infringido, eles podem arcar ainda com multas que somadas chegam a R$ 200 mil (para o Vasco) e R$ 400 mil (para o Atlético).
A denúncia vai ser julgada em primeira instância possivelmente na semana que vem e atinge também as federações de Futebol de Santa Catarina e Paraná. As duas entidades também podem ser multadas, em até R$ 100 mil, cada uma, por não terem cumprido com obrigações que ajudassem a garantir a segurança na Arena Joinville. Se a denúncia de Paulo Schmitt for acatada na íntegra, vai sobrar punição também para o estádio que recebeu Vasco e Atlético: seria interditado, impedindo que o Joinville, na Série B do Campeonato Brasileiro, disputasse partidas na arena.
Paulo Schmitt defendeu ainda que o Brasil adote como medida punitiva aos clubes que tiverem briga de torcida nos estádios a proibição da presença de homens adultos nas arquibancadas. “Mulheres e crianças nos estádios é uma ideia interessante, que já foi testada com sucesso na Turquia”, comentou Schmitt, em entrevista ao SporTV. No país europeu, chamou atenção especialmente um jogo do Fenerbahce, em 2011, em que a equipe, na época com Alex no time, atraiu mais de 40 mil mulheres e crianças a um único jogo.
Schmitt também defendeu a realização de jogos sem torcida, possibilidade que não existe no Regulamento Geral de Competições de 2013 da CBF, mas que foi incluída na legislação válida para os campeonatos nacionais do ano que vem, divulgada na última sexta. Para o procurador geral do STJD, seria uma forma de punir clubes e organizadas no bolso.
“Insisto na possibilidade de ausência de público porque incentiva atacar o lado financeiro. Isso é importante para lidar com a bandidagem, que vem usando o futebol ilicitamente no aspecto econômico. Quando você fecha o estádio, não há transação de souvenir, brindes e ingressos, que é o que sustenta a organizada”, lembrou Schmitt.

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