A direção do Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep) solicitou à Polícia Civil e à Corregedoria da Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) que investiguem, criminal e administrativamente, o motivo pelo qual o perito de plantão do Laboratório de Análise e Pesquisa Forense do órgão, no dia 28 de maio, deixou de realizar exames para a comprovação de entorpecente apreendido por agentes do 2º Distrito Policial na capital potiguar.
Em matéria publicada nesta terça-feira (10), o G1 revelou que a falta de reagentes químicos – e por consequência a não realização do referido laudo – fez com que a juíza da 9ª Vara Criminal de Natal mandasse soltar o suspeito que havia sido preso em flagrante naquele dia. O nome do perito que está sendo responsabilizado não foi divulgado pelo Itep.
“Os documentos juntados ao meu pedido de investigação mostram que o setor tinha recebido o reagente para testes com este tipo de entorpecente, dois dias antes. Não havia motivos para o teste não ter sido realizado”, garantiu Raquel Taveira, diretora do Itep.
Ainda de acordo com a diretora, o reagente em questão é o Fast Blue B, um dos testes químicos cromatográficos mais utilizados para a triagem da cannabis sativa, a maconha. “A investigação policial ficou prejudicada e a abertura do procedimento criminal e administrativo é para que fique esclarecido de quem é a responsabilidade por isso. Esse foi o primeiro caso que chegou ao meu conhecimento, e se por ventura chegar mais algum, terá o mesmo direcionamento”, pontuou a diretora.
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